A sua origem está contida nos rituais
pagãos e remonta a séculos antes do nascimento de Cristo. Por essa época
as tribos pagãs da Europa adoravam a deusa da primavera, “EE-ah-tra”,
mais tarde chamada de Eostre. Para prestarem culto a essa deusa, no
final do mês de Março eram organizados festivais que celebravam o início
da Primavera.
Acredita-se que o nome da deusa Eostre foi evoluindo, tanto na língua inglesa como na alemã, até chegar a Easter e a Ostern, respectivamente, e que significam Páscoa.
A Páscoa também já era celebrada pelos
judeus antes do nascimento de Jesus mas sem qualquer sentido religioso.
Era festejada como o dia da liberdade, após anos de escravidão no
Egipto.
Já para a civilização cristã, a palavra
“Páscoa” tem origem na palavra hebraica “Pessach” que significa
“passagem” pois celebra o renascimento de Jesus Cristo e sua ascensão ao
céu dois dias depois da sua morte na cruz (sexta-feira santa).
O Coelho de Páscoa
Na verdade o animal escolhido foi uma
lebre e não um coelho. Desde a antiguidade que a lebre, cuja gestação
dura apenas um mês, era considerada a representação da Lua, que neste
mesmo espaço de tempo passa da escuridão da Lua Nova ao brilho da Lua
Cheia. E era assim que, para os povos antigos, a última Lua cheia após o
equinócio de inverno determinava a data da Páscoa.
A relação da lebre com a Páscoa deve-se
ao facto de ter sido escolhido pelos povos anglo-saxões da era
pré-cristã como a figura representativa da fertilidade, devido à sua
característica de se reproduzir rapidamente e em grandes quantidades.
Numa época onde a taxa de mortalidade
era altíssima, as lebres eram assim associadas à abundância da nova vida
após um inverno de privações, bem como sinónimo de preservação da
espécie e esperança de melhores condições de vida.
Existe porém uma lenda de que o coelho
da Páscoa era na verdade um magnífico pássaro que pertencia à deusa
Eostre e que um dia se transformou em coelho. Mas como no seu interior,
na sua alma, continuava a sentir-se como um pássaro, continuou, já como
coelho, a construir o seu ninho e a enche-lo de ovos.
Os Ovos de Páscoa
A relação do ovo com as diversas
culturas humanas é já ancestral. Desde os primórdios da humanidade que o
ovo foi considerado como a mais perfeita embalagem da natureza.
Sabe-se que os sacerdotes druidas
escolheram a imagem do ovo como seu símbolo. Os chineses tinham o hábito
de pintar ovos de pata para celebrarem a vida que deles nasce.
No antigo Egipto, Pérsia, Grécia e Roma
os ovos eram dados como presente para celebrar a chegada da Primavera e
eram cozidos e comidos durante as celebrações. Estas culturas
consideravam o ovo como símbolo do universo, como o princípio da vida.
No entanto a relação do ovo com a Páscoa
só chegou à Europa por volta do século XV. Supõe-se que foram os
missionários e os cruzados que trouxeram para a Europa Ocidental o
costume de se usar os ovos como presentes de Páscoa, que naquela altura
eram pintados de vermelho para representar o sangue de Cristo.
Os cristãos rapidamente adoptaram essa
tradição e o ovo passou assim a ser o um dos símbolos da época da
ressurreição de Jesus Cristo.
Por volta do século XVII aparecem os
primeiros ovos de chocolate e mais tarde, na década de 60 aparecem os
ovos plásticos recheados de pequenos ovos de chocolate ou bombons.
Mas convém não esquecer que a Páscoa vai
muito além da simples troca de ovos. É um momento de reflexão e que
remete à existência de Cristo tendo uma forte conotação religiosa.
Contudo, acordar de manhã e procurar os
deliciosos e coloridos ovos, escondidos pelos coelhinhos da Páscoa, é um
costume que não pode ser esquecido pois, além de ser muito divertido,
remete-nos às maravilhosas lembranças da infância.
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