segunda-feira, 28 de abril de 2014

28 de abril - Dia da Educação

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28 de abril - Dia da Educação

Hoje é dia de destacar a importância do valor social que devemos dispensar à formação acadêmica. Hoje é o Dia da Educação.
E uma boa forma de celebrar esse data é reforçar à sociedade, aos segmentos organizados, aos empresários, às lideranças religiosas e às autoridades do ensino a importância do empenho de todos na promoção de atividades que incentivem a interação família-escola-comunidade para a melhoria do ensino público.

No Dia da Educação, a equipe da Mobilização Social pela Educação do MEC lembra que, juntos, pais, funcionários, professores, diretores, coordenadores, lideranças sociais e gestores públicos, além dos próprios estudantes, podem buscar soluções e desenvolver atividades que colaborem com a melhoria do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). Desse modo, estarão contribuindo também, e por conseqüência, com a elevação dos índices sociais do País.

E nesse contexto, o estímulo ao acompanhamento por parte dos pais na vida escolar dos filhos continua sendo a atividade de destaque da Mobilização Social pela Educação e que deve ser enfatizada neste dia em especial.

Fonte: http://mse.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=505:28-de-abril-dia-da-educacao&catid=63:outras-noticias&Itemid=220

DIA DA CAATINGA

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Dia Nacional da Caatinga - 28/04
O data de 28 de abril, instituído como Dia da Caatinga, não está só para comemorações. Ele deve ser ocasião especial para lembrar as ameaças existentes à esse ecossistema. Apesar do patrimônio biológico da Caatinga ser considerado o único exclusivamente brasileiro, ele é o terceiro mais degradado do país, atrás apenas da Mata Atlântica e do Cerrado. 50% de sua área já foi alterada pela ação humana, sendo que 18% de forma considerada grave por especialistas. A desertificação, encontrada principalmente em áreas onde antes se desenvolvia o plantio de algodão, apresenta-se bastante avançada. Em março deste ano, o Ministério do Meio Ambiente divulgou o último estudo sobre o bioma, cujos dados apontam que, entre os anos de 2002 e 2008, o território devastado foi de 16.576 km2, o que equivale a cerca de 2% da área total. Além do desmatamento, outro problema enfrentado pelo domínio é a caça aos animais, única fonte de proteína dos sertanejos que residem nessa ecossistema. segundo o MMA, a porcentagem de área protegida por reservas e parques é ínfima: 0,002%. O patrimônio da Caatinga é encontrado, exclusivamente, no Nordeste do Brasil e no norte de Minas Gerais, incluindo os estados do Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia. Esse bioma ocupa cerca de 12,14% do território nacional. Origem da data O Dia da Caatinga foi instituído em 20 de agosto de 2003, através de decreto do presidente Lula. O 28 de abril é uma homenagem ao primeiro ecólogo do Nordeste brasileiro e pioneiro nos estudos da Caatinga, o professor João Vasconcelos Sobrinho. Durante muito tempo, pensou-se que a Caatinga fosse um ecossistema pobre, por isso a escassez de estudos sobre ela. Curiosidades São espécies nativas da Caatinga a "barriguda" (Cavanillesia arborea), amburana, aroeira, umbu, baraúna, maniçoba, macambira, mandacaru e juazeiro. A fauna nativa inclui o sapo-cururu, asa-branca, cotia, preá, veado-catingueiro, tatu-peba, sagüi-do-nordeste e cachorro-do-mato. Foram registradas, até o momento, cerca de mil espécies de vegetais, estimando-se que haja entre dois e três mil plantas. A vegetação ocorre em numerosa variedade de cactáceas (mandacaru e facheiro) e bromeliáceas.Já foram identificadas 17 espécies de anfíbios, 44 de répteis, 695 de aves e 120 de mamíferos A palavra caatinga é de origem tupi e significa mata branca. A razão para esta denominação está no fato dela ficar verde somente no inverno, que é de curta duração. No restante do ano, fica inteiramente ou parcialmente sem folhas, e a vegetação em tom esbranquiçado, tornando-se clara. Seu espaço natural é O espaço territorial integrado pelas regiões naturais conhecidas como Sertão, Seridó, Curimataú, Caatinga e Carrasco. As diferenças entre essas regiões são definidas pelo volume e pela variabilidade das precipitações pluviométricas, pelo solo e pelo tipo de rocha e revelo. *Com informações do Portal do Ministério do Meio Ambiente Fonte: Assessoria do Mandato

quarta-feira, 23 de abril de 2014

EUA E O PLANO DE INVADIR O BRASIL

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Gravação revela que Kennedy pensava em invadir o Brasil
Presidente americano John F. Kennedy Foto: AP
Presidente americano John F. Kennedy AP
RIO e NOVA YORK — Documentos colhidos durante os últimos 30 anos anos pelo jornalista Elio Gaspari, colunista do GLOBO, que serviram de base para a edição e a reedição de seus livros sobre o governo militar no Brasil, já estão disponíveis no site “Arquivos da Ditadura”.
De acordo com a editora Intrínseca, responsável pelo projeto, o acervo reúne bilhetes, despachos, discursos, manuscritos, diários de conversas travadas pela cúpula e telegramas do governo americano, somando mais de 15 mil itens sobre a ditadura. São registros que se iniciam nos anos anteriores ao golpe de 1964 e seguem até os últimos dias do regime. Entre eles, há 10 mil provenientes do arquivo do general Golbery do Couto e Silva, como suas apreciações e análises conjunturais redigidas em três momentos distintos, de 1960 a 1968.
Um dos destaques do site é o áudio de uma reunião do presidente americano John F. Kennedy, na qual ele debate a situação do Brasil e do Vietnã na Casa Branca, 46 dias antes de ser assassinado em Dallas, no Texas. Kennedy indagou se os Estados Unidos poderiam “intervir militarmente” no Brasil para depor o então presidente João Goulart.
Para a cientista política Maria Celina D'Araújo, a informação não supreende:
— Os americanos estavam dispostos, mas a ajuda não foi necessária. O golpe foi tramado e aplicado aqui. Made in Brazil mesmo – comentou.
De fato, Washington se preparava para um cenário de guerra civil, mas, como se sabe, não foi preciso oferecer mais do que apoio diplomático aos militares que promoveram o golpe de Estado no Brasil em 31 de março e 1º de abril de 1964. A conversa de Kennedy está na edição revista e ampliada de “A Ditadura Envergonhada".
Intenção não surpreende especialistas
Uma das maiores especialistas em John F. Kennedy dos Estados Unidos, a professora e pesquisadora da Universidade da Virgínia Barbara A. Perry não se surpreende com a revelação de que o ex-presidente chegou a pensar na possibilidade de invadir o Brasil. Segundo a historiadora – autora de livros sobre o próprio Kennedy, a primeira-dama Jacqueline e a matriarca Rose –, trabalhar para remover do poder líderes estrangeiros que contrastam com a política externa americana tem sido uma prática comum no país desde o fim da Segunda Guerra Mundial.
– Não é novidade que os Estados Unidos se engajaram nesse tipo de comportamento, para evitar que o comunismo se espalhasse pelo mundo. Até hoje os Estados Unidos tiram pessoas do poder em outros países quanto sentem que é importante para os interesses americanos – ela diz. – Veja o que fizemos no Iraque. Os EUA não assassinaram o Saddam Hussein, mas começaram uma guerra para removê-lo do poder.
Barbara lembra o episódio da invasão da Baía dos Porcos, em Cuba.
– Os Estados Unidos nunca foram contra tirar líderes do poder, como o próprio Kennedy tentou fazer com a invasão da Baía dos Porcos, em Cuba. Claro, esse plano não era do Kennedy, mas do Eisenhower e da CIA, o presidente só executou. Ele pensava: por que deveria questionar o supremo comandante doa aliados na Segunda Guerra Mundial? Embora tenha fracassado, Kennedy passou todo o seu tempo no poder tentando fazer de tudo para derrubar Castro.
Segundo a historiadora, o discurso de posse de Kennedy, todo centrado na política externa, já dava indícios da postura a ser adotada diante de um mundo bipolar.
– O principal ponto do discurso não era sobre políticas domésticas, direitos civis, problemas na educação, na saúde pública. Era sobre política externa, alcance, acho até que ele menciona nossos vizinhos do sul e a Guerra Fria. Kennedy diz: “Pagaremos qualquer preço, suportaremos qualquer fardo, para expandir a liberdade pelo mundo.” Ali deixava claro como agiria com aqueles com uma visão de mundo diferente – ela diz. – Somos pela liberdade, mas algumas vezes nos vimos apoiando ditadores de direita simplesmente por não serem comunistas.
E mais:
– Ele estava perguntando, isso é algo que deveríamos fazer?, estava pedindo conselho. O que significa que esse assunto estava na mesa. Mas ele ter levantado o assunto não quer dizer que é o que ele pretendia fazer. Por outro lado, temos que ver no contexto. Se ele não evitou o episódio da Baía dos Porcos, se soubésemos que ele teria dito não a qualquer plano de assassinato de Fidel Castro, se soubéssemos que ele foi contra a retirada de Diem do Vietnam, aí poderíamos pensar que isso é incomum... Mas isso é um procedimento padrão de operação na administração Kennedy e em qualquer outra administração americana.

Fonte: http://oglobo.globo.com/pais/gravacao-revela-que-kennedy-pensava-em-invadir-brasil-11218793


Invasão do Brasil: Não foi Cabral quem "descobriu" o Brasil

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"Pedro Álvares não foi o primeiro português a pisar em terras brasileiras". Em entrevista, o historiador Marco Antônio Villa, professor da UFSCar (Universidade Federal de São Carlos) contexta a versão "oficial" do descobrimento do Brasil e explica como se deu a colonização portuguesa.


Cabral foi o primeiro português a chegar ao Brasil?
Não. Em 1498, dom Manuel 1º, rei de Portugal, incumbiu o navegador Duarte Pacheco Pereira de uma expedição a oeste do Atlântico Sul. Suas caravelas atingiram o litoral brasileiro e chegaram a explorá-lo, à altura dos atuais estados do Amazonas e do Maranhão. A notícia foi mantida em segredo pelo governo português, devido à concorrência espanhola na conquista da América do Sul.

Qual o significado do 22 de abril de 1500, então?
Essa é a data oficial da integração do território brasileiro no sistema econômico mercantilista, em vigor na Europa, e que teve no comércio do ouro e das especiarias sua principal atividade. Também representa a tomada de posse do território brasileiro pelo reino de Portugal, bem como o momento de inclusão do Brasil na história universal.

O que o Brasil representava para Portugal naquele momento?
No século que se seguiu ao desembarque de Cabral, Portugal consolidou a posse da terra, submetendo o Brasil ao seu modelo econômico, erguido a partir das grandes navegações do século 15. Assim, a ocupação e a exploração do território brasileiro - que compreendia inicialmente o litoral de Nordeste a Sudeste - foram feitas em benefício do colonizador: a Metrópole portuguesa. Para ela, a Colônia representava apenas um fornecedor de matéria-prima e metais preciosos.

E para a história do Brasil, o que representa o século 16?
O momento inicial da colonização do território pelos portugueses. O século foi marcado por um processo histórico que começa com o confronto com os índios, pela posse da terra, e com espanhóis e franceses, pelo direito de explorá-la comercialmente. Termina com o estabelecimento definitivo de povoações e estruturas econômicas (agricultura e comércio) na Colônia, além de um sistema político administrativo.

E o pau-brasil, onde entrava nesse contexto?
No início do século 16, os interesses portugueses estavam voltados para o lucrativo comércio das especiarias orientais, que tinha atingido o ápice em 1498, com a viagem de Vasco da Gama à Índia. Assim, não havia motivos para fazer grandes investimentos no Brasil. Por não exigir muitos recursos, a extração do pau-brasil se revelou a melhor alternativa para explorar o território, batizado inicialmente de Terra de Santa Cruz. Até a década de 1560, o pau-brasil, utilizado para o tingimento de tecidos, foi o principal produto da Colônia, dando-lhe o nome definitivo.

De que modo ocorria a extração do pau-brasil?
Em troca do pagamento de impostos e da prestação de serviços, como a construção de fortes e sua manutenção, o rei de Portugal concedia a um comerciante - o primeiro foi Fernando de Noronha, em 1502 - o direito de extrair o pau-brasil. O concessionário organizava a viagem para cá. A princípio, um contato amistoso com os índios garantia sua colaboração na empreitada. Eram eles que localizavam, derrubavam e transportavam as árvores até o litoral. Em troca, recebiam mercadorias: facas, machados e até armas de fogo. A exploração foi tão intensiva que rapidamente levou a uma devastação das matas litorâneas, obrigando os índios a trazerem a madeira de locais cada vez mais distantes. Assim, as dificuldades começaram a tornar o negócio menos lucrativo.

A extração do pau-brasil não obrigava os portugueses a se fixarem aqui. Era chegar, extrair, embarcar e partir. O que motivou a ocupação efetiva de nosso território por Portugal?
Nessa época, as fronteiras criadas na América pelo Tratado de Tordesilhas, de 1494, ainda não estavam claramente definidas. Portugal disputou o litoral brasileiro com navegantes espanhóis e, especialmente, franceses, cuja constante presença levou o novo rei de Portugal, dom João 3º., a organizar expedições de defesa da costa do Brasil. Em 1527, a expedição comandada por Cristóvão Jacques prendeu diversos navios e mais de 200 marinheiros franceses. Mas as dificuldades para organizar as expedições guarda-costas, a decadência do comércio com o Oriente e o medo das ameaças dos franceses levaram o rei a se decidir pela ocupação efetiva do nosso território.

Qual foi a primeira iniciativa nesse sentido?
Foi a vinda de Martim Afonso de Souza, que chegou aqui em 1532. Ele fundou a vila de São Vicente no litoral paulista, que se tornou um centro de expansão portuguesa rumo ao interior. Mas, sem recursos para explorar a Colônia, dom João III criou o sistema de capitanias hereditárias, que constituíram a primeira divisão administrativa do Brasil. A coroa portuguesa doou imensas porções de terra - desde Belém do Pará até a ilha de Santa Catarina - a particulares, os donatários, que tinham a obrigação de protegê-las e povoá-las, em troca do direito de exploração.

Entretanto, esse sistema de capitanias fracassou. O que saiu errado? Por quê?
O desinteresse e a incapacidade financeira de muitos donatários para o empreendimento colonial contribuíram para o fracasso do sistema, que não resolveu o problema da ocupação definitiva do território. Em meados do século 16, a presença de franceses e outros europeus continuava a ameaçar o domínio português na América. Por isso, dom João III resolveu implantar um Governo Geral, que centralizaria a administração e a defesa da Colônia.

Quem foi o primeiro governador-geral e o que ele fez?
Foi Tomé de Sousa, nomeado em 1548. Ele partiu para o Brasil no ano seguinte, acompanhado de mil homens, parte dos quais degredados, além de seis missionários da Companhia de Jesus. Tomé de Sousa deu início à construção e fortificação de Salvador, na Bahia de Todos os Santos, que se tornou a sede da administração da Colônia até o século 19.

A partir daí, os problemas com os franceses terminaram?
Não. O sucessor de Tomé de Sousa, Duarte da Costa, governou o país de 1554 a 1559. Nesse período, ocorreu a primeira tentativa francesa de colonização do país. Em 1555, o almirante Nicolas Durand de Villegaignon, com o apoio do rei francês Henrique 2º., comandou uma expedição com esse objetivo. Fundou um forte e um povoado na baía da Guanabara, mantendo-os por cinco anos, apesar da resistência dos portugueses.

Essa colônia, chamada de França Antártica, incomodou um bocado aos portugueses. Como o problema foi resolvido?
Mem de Sá, o terceiro governador-geral, nomeado em 1559, tomou como prioridade a expulsão dos franceses. Organizou uma poderosa expedição militar, com 2 mil homens, a maioria dos quais aliados indígenas, e atacou Villegaignon, derrotando-o em 1560. Apesar disso, navios franceses continuaram a desafiar os portugueses na Guanabara, até 1565, quando estes fundaram a vila de São Sebastião do Rio de Janeiro, dominando definitivamente a região.

Estamos falando agora da segunda metade do século XVI. A economia brasileira ainda se baseava no pau-brasil?
O pau-brasil perdeu importância econômica e foi substituído pela cultura de cana-de-açúcar, que se tornou o principal produto comercial da Colônia. A economia açucareira desenvolveu-se no Nordeste, especialmente em Pernambuco e na Bahia, que possuíam solo e clima favoráveis. O litoral nordestino também se localiza mais perto dos portos portugueses, o que barateava os custos de transporte.

Como foi o desenvolvimento da economia açucareira no Brasil?
A concessão das terras cultiváveis foi feita pelo rei, por meio de grandes propriedades, os latifúndios. Para trabalhar no plantio da cana, em regime de escravidão, foram trazidos negros da África, que substituíram os índios. Estes resistiam à escravidão para o trabalho agrícola, rebelando-se ou fugindo. A concentração de grandes latifúndios nas mãos de poucos proprietários, a agricultura extensiva e o uso do trabalho escravo se transformaram nas características básicas da economia da Colônia até as últimas décadas do século 19 - mais de 300 anos!

Para terminar, fale um pouco sobre o fim do primeiro século de colonização portuguesa no Brasil.
Nas últimas décadas do século 16, o domínio português sobre o território se consolidou. O reconhecimento do litoral estava concluído, assim como a ocupação de grande parte das terras litorâneas, especialmente no Nordeste. A produção de açúcar não parou de crescer. Entre 1570 e 1585, o número de engenhos - nos quais se processava a cana para extrair o açúcar - dobrou na Colônia. O sucesso da economia açucareira deu a Portugal as condições financeiras para se assegurar da posse do país. Ironicamente, o auge desse processo aconteceu sob o domínio espanhol. Em 1580, na inexistência de herdeiros portugueses ao trono do reino lusitano, o rei Felipe 2º., da Espanha, neto de dom Manuel 1º., herdou a coroa portuguesa. Portugal e suas colônias foram governadas pela corte de Madri até 1640.
Fonte: http://educacao.uol.com.br/disciplinas/historia-brasil/invasao-do-brasil-nao-foi-cabral-quem-descobriu-o-brasil.htm